Daniella Trajano Dalff, de 28 anos, uma das vítimas da explosão de um garimpo no Mato Grosso nesta sexta-feira (20), atuava como blaster, como são chamadas as pessoas que possuem licença para manusear explosivos. A jovem também cursava engenharia de minas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para trabalhar na empresa de bombas e compressores dos pais.

“Ela era blaster, uma das únicas mulheres atuantes nessa área no Brasil. Atuava nisso há anos e adorava. Gostava muito dessa área de detonações e sempre postava o trabalho no Instagram”, disse Saruy Virgínia Moraes, uma amiga de Daniella, ao UOL.

De acordo com ela, a amiga adorava crianças, cozinhar para os amigos, ouvir músicas, ir para festas e viajar. “Vou sentir falta da companhia dela, da alegria. Nossos finais de semana nunca mais serão iguais. Era parceira para todas as horas”, lamentou.

Na madrugada de sexta-feira, o corpo de Daniella foi encontrado carbonizado após a explosão de um garimpo localizado na região da Serrinha (MT). Segundo o Corpo de Bombeiros, várias dinamites foram encontradas no local. A explosão causou um incêndio na área, que foi controlado pelos militares na sequência.