28/05/2021 - 6:02
Uma mulher de 54 anos ligou para o número 190 da polícia, na noite de quarta-feira (26), em Andradina, no interior de São Paulo, e pediu uma pizza. Um PM que atendia aos chamados do Copom (Comando de Policiamento do Interior), em Araçatuba, desconfiou que pudesse ser um pedido de socorro e encaminhou uma equipe até o local e, de fato, se tratava de um caso de violência doméstica. As informações são do UOL.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o suspeito, um homem de 57 anos, fugiu assim que a viatura da polícia se aproximou. A mulher que havia ligado supostamente pedindo uma pizza, denunciou que estaria sofrendo agressões físicas e psicológicas do marido.
À polícia, ela disse que o companheiro passou mais de 20 anos preso e que, desde voltou para casa, a agredia verbalmente, com xingamentos e ofensas, e que naquele mesmo dia a havia ameaçado de morte e a aos filhos dela.
De acordo com a vítima, as ameaças começaram depois que ele chegou em casa com uma moto e ela desconfiou o questionando a origem do veículo, já que ele não possui emprego.
A PM confirmou que havia um registro de furto da motocicleta e a recolheu para perícia e posterior devolução ao proprietário. O suspeito segue desaparecido.
Pedido inusitado de socorro
A vítima disse que não poderia ligar para a polícia pedindo por socorro, uma vez que o marido poderia ouvir. Então ela teve a ideia de sugerir que eles pedissem uma pizza, como “truque” para despistá-lo e conseguir fazer a denúncia.
O caso foi atendido pelo PM Cássio Júnior dos Santos que, segundo o Copom, em nota ao UOL, estava treinado para casos desse tipo.
“O Copom faz treinamentos periódicos, no mínimo semestrais, e utiliza exemplos do que ocorre em outros locais para orientação do efetivo. Houve uma ocorrência em 2019 que aconteceu idêntico nos EUA e serviu de base para ao treinamento”, diz a nota.
Ainda de acordo com o UOL, os dois casos serão separados e atendidos por delegacias diferentes. O crime de furto ficará sob responsabilidade da Polícia Civil e o de violência doméstica, com a Delegacia da Mulher em Andradina.
A vítima entrou com medida protetiva para impedir que o marido volte à residência ou se aproxime dela e dos filhos.