Sandra Mara Fernandes, de 33 anos, disse em entrevista ao programa Cidade Alerta, da Record TV, na quinta-feira (28) que tem recordação apenas de flashes do que aconteceu e afirmou que acreditava que “era meu marido”, ao entrar no veículo. No dia 9 de março, ela foi flagrada pelo personal trainer Eduardo Alves, 31, tendo relações sexuais com o então morador de rua Givaldo Alves de Souza, em Planaltina (DF).

Ela também ressaltou que sabia o motivo de estar internada em um hospital psiquiátrico, mas teve noção da gravidade quando tomou medicações para evitar uma doença sexualmente transmissível (DST).

“Eu sabia que era por conta disso, por conta do episódio. Só que eu não tinha a dimensão do quão grave tinha sido. Mas através da medicação que eu estava tomando, até para não pegar uma doença sexualmente transmissível, eu vi o quão grave era o que tinha acontecido comigo.”

“Eu achava que era uma pessoa completamente saudável. Então, hoje vou falar: ‘Não, Sandra, hoje você é uma pessoa doente, com transtorno e se você não tomar a medicação, você está sujeita a ter outro surto’. Pode não ser tão grave como o que aconteceu, mas eu posso surtar novamente”, completou.

Sandra também revelou que era proprietária de uma loja de roupas, porém, por conta da situação que passou, ela teve de ser fechada e mantida apenas online.

Um laudo feito por médicos do Hospital Universitário de Brasília concluiu que Sandra apresenta sinais de “transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica”.

Relação sexual

Durante a entrevista, Sandra relatou que acreditava que era o seu marido, Eduardo Alves, dentro do carro.

“Para mim, quem estava comigo ali era meu marido. Como ele estava ali comigo e meu marido chegou, eu acredito, sim, que ele salvou minha vida. Pois eu não sei o que poderia ter acontecido depois que eu saísse daquele carro, se eu tivesse saído daquele carro. Então ele me salvou de mim mesma.”

Ao ser questionada sobre o vazamento de áudios em que disse que teria visto a imagem de Deus, Sandra contou: “Quando eu coloquei aquele cidadão dentro do meu carro, eu acreditava naquele momento que ele era meu marido. Quando a gente conversava, eu achava que estava tendo conversas com Deus. Então, quando meu marido chegou naquele episódio, eu acreditei que ele era só Deus. Em nenhum momento eu enxergava ele como morador de rua. Eu só via que ele era Deus, por isso que eu me ajoelho no chão, intercedendo por ele, gritando com meu marido para não matar Deus. Eu acreditava que era Deus que estava apanhando ali, que possuía o corpo daquele cidadão, e que ele estava fazendo mal para Deus”.

Mulher afirma que sua vida está devastada

Sandra Mara escreveu nas redes sociais que passou por dias muito difíceis e que nunca imaginou estar naquela situação. “Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.”

“Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promiscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior”, afirmou.

Ainda no post, Sandra diz que teve a vida “exposta e devastada” e agradeceu aos que estiveram do lado dela após a repercussão do caso. “Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por aquilo”, disse.

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Não houve traição

No final da entrevista ao programa Cidade Alerta, Sandra afirmou que não houve traição.

“Eu não esperava que tomasse a proporção que tomou. Me senti humilhada pela sociedade. Eu não aceito o que falaram sobre mim. Não é assim. Eu não sou essa mulher. Eu não traí o meu marido, eu não escolhi passar por um surto. O ato em si, eu não conhecia aquele homem. Eu achei, sim, que era o meu marido. E isso as pessoas não acreditam”, concluiu.