Uma jovem de 18 anos denunciou ter sido violentada por um eletricista terceirizado da Companhia Paranaense de Energia (Copel) dentro da própria casa, após ela acionar a concessionária por estar sem luz. O caso aconteceu na cidade de Ponta Grossa.
A vítima relatou à polícia que o crime ocorreu no porão da residência. Segundo ela, o funcionário terceirizado alegou que precisava de uma ferramenta específica para realizar um reparo e a acompanhou até o porão quando ela foi buscar o material.
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Segundo o portal g1, a Copel declarou que nenhum profissional, próprio ou terceirizado, é autorizado a entrar em qualquer área das residências dos clientes, devendo se restringir ao ponto onde se encontra o medidor de energia.
Segundo a delegada responsável pelo caso, o crime aconteceu no dia 30 de maio, mas só foi divulgado na última segunda-feira, 7, quando o homem de 33 anos foi indiciado pela Polícia Civil. Horas depois do crime, a vítima entrou em contato com a Polícia Civil via e-mail.
Na mensagem, a jovem diz que no momento do abuso ficou em choque, sem saber o que fazer, e destacou que a relação sexual não foi consensual.
Ainda de acordo com a delegada, a vítima contou para a avó o que havia acontecido assim que os terceirizados foram embora.
Testemunhas foram ouvidas e as declarações corroboram a versão da vítima. A Copel quanto a empresa terceirizada colaboraram com as investigações e auxiliaram na identificação do suspeito.
O nome do funcionário e o da empresa seguem sob sigilo, já que casos envolvendo crimes sexuais tramitam sob segredo de justiça.
Em nota, a concessionária de energia disse que oficiou a empresa terceirizada sobre a acusação assim que recebeu a denúncia, solicitando imediata apuração.
“A Copel procurou a Delegacia da Mulher em Ponta Grossa para se colocar à disposição e colaborar na investigação. A empresa terceirizada comunicou a Copel que o funcionário acusado foi desligado dos seus quadros. O assunto segue com as autoridades policiais”, diz um trecho da nota.
O inquérito foi concluído e o caso foi encaminhado ao Ministério Público. Para o crime de estupro, o Código Penal prevê pena de até 10 anos de prisão.
De acordo com a delegada, o homem não foi preso porque a denúncia não foi oficializada a tempo de ser enquadrada como flagrante, mas destacou que não se descarta a solicitação de prisão preventiva ou temporária durante o processo.
Denúncias sobre quaisquer situações podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou, 181, do Disque-Denúncia. Se a denúncia acontecer no momento do crime, ou houver alguém em situação de perigo, a Polícia Militar deve ser acionada pelo telefone 190.