Ana Paula Campestrini, assassinada com 14 tiros supostamente a mando do ex-marido, o advogado Wagner Oganauskas, em Curitiba, no Paraná, deixou uma carta para a família dias antes de ser executada. O texto retrata a libertação de Ana Paula após anos de submissão em um relacionamento tóxico e abusivo com Wagner.

Campestrini foi morta a tiros por um motoqueiro, que supostamente seria amigo de Wagner, enquanto chegava no condomínio em que morava. No momento do óbito, a vítima estava voltando do clube em que Oganauskas era presidente. Ele havia prometido dar uma carteirinha para Ana visitar os filhos, que não via desde a separação.

O responsável por determinar o dia e a hora para que Ana Paula fosse até o clube foi o diretor financeiro e amigo de Wagner, Marcos Antônio Ramon. Na troca de mensagens com a secretária do clube, Marcos confirmou a chegada de Campestrini e avisou que não queria que a mulher se encontrasse com Wagner.

Depois de muitos anos casada com Wagner, Ana Paula decidiu terminar o relacionamento. Em 2018, ela voltou a ter contato com sua família, mas começou a sofrer com as perseguições de Oganauskas, que não aceitava a homossexualidade da ex-mulher.

Segundo Ligiane Campestrini, irmã da vítima, a família não conseguia ver Ana quando ela estava casada com o acusado. Na carta feita por Paula, ela afirmou seu amor pela irmã e pelos outros familiares.

Marcos Antônio Ramon e Wagner Oganauskas foram detidos temporariamente pela Polícia Civil.

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