Marupiara Ramos Jardim Medeiros foi presa acusada de participar de uma quadrilha que rouba e mantém em cárcere privado caminhoneiros.

Segundo as investigações da 71ª DP (Itaboraí), a mulher seria a responsável por tomar conta dos cativeiros das vítimas em uma comunidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ela também utilizava maquininhas de cartões para fazer saques e compras com os valores depositados em suas contas correntes.

De acordo com a delegada Norma Lacerda, titular da 71ª DP, pelo menos quatro registros semelhantes foram feitos na delegacia, entre dezembro do ano passado e janeiro de 2020. Em três deles, caminheiros do Paraná, que estavam retornando para a casa foram atraídos por empresas fantasmas, através de um aplicativo de transporte de cargas, para realizar uma entrega em seu estado de origem.

Chegando ao local agendado para buscar a encomenda, em um posto de gasolina de Itaboraí, os homens eram rendidos e levados para a favela Gebara.

O inquérito apontou que as vítimas tinham seus caminhões roubados e ficavam durante três a cinco dias em uma casa sob o domínio do tráfico. O cativeiro era supervisionado também por Marupiara, que fazia visitas ao local diariamente. Em algumas delas, ela levava as máquinas para realizar as transações bancárias. Um dos caminheiros, teve R$ 13 mil sacados.

Marupiara orientava os homens a manterem contato com as famílias por celular, fingindo estarem na estrada, de modo a não levantar suspeitas.

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As investigações ainda mostraram que os caminheiros só foram liberados quando os caminhões já estavam no Paraguai. Os veículos, possivelmente, foram utilizados para o transporte de drogas daquele país para comunidades do Rio.


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