Uma americana descobriu que estava grávida em dois úteros diferentes, um acontecimento raro e que possui uma probabilidade que gira em torno de um em dois bilhões. Kelsey Hatcher, de 32 anos, natural de Dora, no Alabama, teve a gestação surpreendente constatada logo na primeira consulta de ultrassom, quando os bebês estavam com oito semanas. As informações são da CNN International.

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Entenda o caso:

  • A mulher é casada e já possui outros três filhos com o marido, Caleb Hatcher, que de acordo com ela, sempre a encoraja;
  • Kelsey descobriu que estava grávida após um atraso no período menstrual e depois de efetuar um teste, de resultado positivo, falou ao esposo, que a princípio ficou tranquilo com a informação;
  • Logo na primeira consulta de ultrassom, a americana recebeu uma notícia surpreendente. Tudo corria normalmente e o embrião observado estava saudável, quando a mãe teria relembrado à técnica que conduzia o procedimento de uma condição que possuía;
  • A mulher nasceu com dois úteros, o que é conhecido como didelfo uterino – quando as paredes do órgão não se fundem, criando duas cavidades ao invés de uma única;
  • Ao conferir o outro, a enfermeira percebeu mais um bebê que se desenvolvia na gestação.

O didelfo uterino é raro e atinge apenas uma em cada duas mil mulheres. Para que a gestação observada em Kelsey Hatcher fosse possível, foi necessário que cada um tivesse um óvulo fertilizado. Várias pessoas que possuem essa condição têm apenas um útero em funcionamento.

O ovário, estrutura que libera o gameta feminino, pode dispersar mais de uma célula reprodutora por ciclo menstrual, o que pode gerar a gravidez de gêmeos. Entretanto, as chances de uma gestação como a da americana, em que dois bebês são gerados em úteros diferentes, acontecerem é de uma em dois bilhões, sendo mais fácil ganhar na loteria do que conseguir essa gravidez.

Os médicos ainda não sabem como será realizado o parto dos bebês, mas Kelsey deseja que seja natural. Apesar disso, a equipe de especialistas não têm certeza se os dois úteros entrarão em trabalho de parto ao mesmo tempo, ou se os bebês nascerão separados, trazendo a possibilidade de uma cesariana. “Não saberemos até vermos”, afirmou a obstetra Shweta Patel.