Mulher acusa ex-guitarrista do Capital Inicial de xingá-la e agredi-la com socos

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A ex-assessora parlamentar Marília Avelino, de 51 anos, acusa o ex-guitarrista da banda Capital Inicial Antônio Marcos Lopes de Souza, conhecido como Loro Jones, de 59, de agredi-la com socos e de xingá-la de “vagabunda”, “piranha” e “safada”, na madrugada de quinta-feira (27). As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha.

A Justiça do Distrito Federal proibiu Loro Jones de se aproximar da companheira e concedeu uma medida protetiva após ela registrar um boletim de ocorrência relatando o que teria ocorrido. À coluna, o músico negou ter feito qualquer agressão à mulher, com quem mantém uma união estável há 14 anos.

“Ela é maluca, inventa que eu quero matar, que eu bati. Isso é papo furado. Não quero o mal dela, mas não quero pagar mico”, disso o guitarrista. “Acabou que fui preso por causa dela. Eu não vou bater em mulher”. Loro Jones foi detido por horas na 12ª DP de Taguatinga, onde o boletim de ocorrência foi registrado. Os dois vivem em Vicente Pires, no Distrito Federal.

Ainda de acordo com a Folha, Marília diz ter sido agredida outras vezes, nas quais não registrou queixa, e que seu relacionamento com o músico é abusivo.

“Temos uma relação abusiva. Ele me agride psicologicamente, moralmente e, por fim, acabou me batendo. Ele me deu um tapa na orelha e me xingou de tudo quanto é nome. Ele me obriga a ter relação sexual, e hoje ele deu um murro na minha cabeça. Alega que eu estou com ele por conta de dinheiro, por conta da ação dele com o Capital Inicial. Mas eu estou com ele há 16 anos. Eu que cuidei dele quando quase morreu de pancreatite. Estive sempre com ele”, disse Marília.

Loro Jones tem um processo aberto contra os membros do Capital Inicial por conta de direitos que ele supostamente deveria ter recebido desde que saiu do grupo, em 2002.

Ainda em entrevista à Folha, Marília diz que o guitarrista depende totalmente dela e que a proíbe de ter contato com amigos e com a família.

“Já aconteceu outras [agressões], mas, assim, ele me agredia e eu agredia ele. Só que ele depende totalmente de mim e me proíbe de ter contato com amigos, com família. Ele acha que eu estou de rede social atrás de namorado, inventa amante pra mim”, diz a ex-assessora parlamentar.

Em seu boletim de ocorrência, Marília diz que estava dormindo por volta de 1h30 de quinta (27) e que foi surpreendida pelo companheiro que a acordou e começou a xingá-la e depois agredi-la com socos na cabeça. Ao avisá-lo que ela chamaria a Polícia Militar, o músico teria fugido do local por algumas horas. Ao retornar, por volta das 5h30, ela temeu por sua integridade física e chamou a polícia, que encaminhou ambos para a delegacia.

O juiz Otávio Donati Barbosa, do Juizado Especial Criminal e Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Águas Claras, proibiu o músico de se aproximar da companheira por menos de 300 metros de distância, e também veta o contato entre os dois por qualquer meio de comunicação, incluindo redes sociais. Caso haja descumprimento, ele pode ser preso preventivamente.