Os bastidores do prêmio Nobel não costumam inspirar cineastas, apesar de suscitar, na vida real, escândalos e tramas conspiratórias. Em 2018, a eleição do Nobel de Literatura foi suspensa por causa de casos de assédio sexual de um dos membros do júri. A boa ideia do diretor sueco Björn Runge foi criar uma trama em torno do “Oscar Sueco” e convidar a atriz americana Glenn Close para ser protagonista. Na pomposa cerimônia de entrega do Nobel de Literatura para o romancista americano John Castleman (Jonathan Pryce), sua mulher, Joan (Glenn Close), se comporta de modo estranho, irritada e até revoltada com o marido. Na verdade, não é apenas a esposa devotada da nova celebridade, mas sua ghost-writer. O casal se apaixonou quando ela era aluna de literatura dele. Como trabalhava em uma editora, recomendou John aos editores e passou a organizar sua carreira, em todos os detalhes, inclusive escrevendo toda a sua obra, dezenas de títulos, mais tarde reconhecidos universalmente. O desempenho de Glenn Close é intenso. Se sua personagem se frustra, ela ganhou, aos 71 anos, o Globo de Ouro 2019 de melhor atriz dramática — e é candidata ao Oscar, que não deixa de ser o prêmio Nobel de Hollywood.

3 longas em torno do Nobel

O PALÁCIO FRANCÊS (2013)
Comédia sobre o ministro que ganha o Nobel e tem surtos de estrelismo

AS MUSAS DE ISAAC BASHEVIS SINGER (2014)
A vida do Nobel de 1978, que triunfou por causa de um harém de assessoras supereficientes

CIDADÃO ILUSTRE (2016)
Autor argentino (Oscar Martínez) ganha o prêmio Nobel e fica famoso, exceto na cidade natal

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