O blockbuster Mulan, já muito adiado, será lançado na plataforma de streaming Disney+ no próximo mês, segundo anúncio do estúdio nesta terça-feira (4). Com as salas de cinema fechadas nos Estados Unidos e em boa parte do mundo, a Disney desistiu da estreia na tela grande.

A decisão inédita – descrita pelo CEO Bob Chapek como pontual para uma superprodução da Disney – é o mais recente golpe para as redes de cinema, que já vêm sofrendo com a pandemia.

Mulan, um remake live-action da animação de 1998 sobre uma guerreira chinesa lendária, ficará disponível a partir de 4 de setembro para assinantes do Disney+ dispostos a pagar US$ 29,99 extras.

“Vemos isso como uma oportunidade de levar esse filme incrível a um público amplo, atualmente impossibilitado de ir ao cinema, além de valorizar e aumentar ainda mais a atratividade de uma assinatura do Disney+”, disse Chapek.

Nos locais que ainda não contam com o serviço de streaming, o filme pode ter sua estreia nos cinemas. É o caso do Brasil, onde a entrada da Disney+, prevista para novembro, é contestada pela Claro. Segundo o jornal O Globo, a empresa denunciou à Anatel a falta de produções nacionais no catálogo, o que infringiria a Lei da TV Paga.

Antes da pandemia, os estúdios normalmente esperavam 90 dias a partir do lançamento nos cinemas para então liberarem grandes filmes nas plataformas digitais.

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Durante a crise, porém, diversos longas importantes, incluindo Trolls 2, arrecadaram milhões de dólares ao abandonarem a estreia cinematográfica e irem direto para o streaming, muitas vezes por taxas altas.

De acordo com Chapek, a Disney vê Mulan como uma exceção e não pretende fazer deste um novo modelo de negócios. Ele adicionou, porém, que o experimento vai proporcionar informações “muito interessantes” sobre a disposição dos consumidores de desembolsar US$ 30 para assistir um novo título no streaming.

Se a ação for bem-sucedida, o preço vai ajudar a “recuperar parte do investimento” em uma produção “bastante cara”, afirmou o CEO. Estima-se que Mulan custou cerca de US$ 200 milhões.

Originalmente, o filme estrearia nos cinemas em março. A Disney realizou até a premiere mundial no tapete vermelho, em Hollywood, antes dos múltiplos adiamentos. Era uma das apostas dos grandes estúdios americanos para levar espectadores cautelosos de volta ao cinema.

Tenet, o tão esperado épico de ficção científica de Christopher Nolan, será lançado no mercado internacional em 26 de agosto, antes de chegar a um número limitado de salas nos EUA em setembro, segundo comunicado da Warner Bros na semana passada.


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