Os dias das Joshua Trees (árvores de Josué) estão contados: a espécie emblemática do deserto californiano de Mojave, imortalizada pelo grupo U2 em seu álbum “Joshua Tree”, pode desaparecer completamente no fim do século por efeito da mudança climática, advertiu um estudo científico.

Uma equipe da Universidade da Califórnia utilizou os dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para avaliar o impacto do aquecimento nestas árvores (Yucca brevifolia), dentro do Parque Nacional de Joshua Tree, 200 quilômetros ao leste de Los Angeles, que concentra a maioria das árvores desta espécie.

Segundo os biólogos californianos, no melhor dos casos, se a humanidade moderar suas emissões de gases de efeito estufa, o habitat adequado para as árvores de Josué reduziria aproximadamente 80% no fim do século XXI.

Se nada mudar, o Parque Nacional de Joshua Tree “pode parecer uma floresta de árvores mortas” em 2100, talvez com “apenas algumas poucas árvores que permaneçam vivas, não sabemos muito bem”, disse Lynn Sweet, a autora do estudo publicado na revista Ecosphere, ao Los Angeles Times.

Nesse pior cenário, os 3.200 km2 do parque nacional experimentariam um aumento das temperaturas estivais de entre 2,8°C e 5°C, e uma diminuição nas precipitações anuais de 75 a 180mm.

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