A maioria das grandes bases militares americanas está ameaçada pelos efeitos da mudança climática, segundo um relatório do Pentágono publicado nesta sexta-feira, criticado imediatamente por sua falta de precisão e pela ausência de planos para remediar suas conclusões.

“Dois terços das 79 infraestruturas examinadas no estudo são vulneráveis a inundações recorrentes atuais ou que estão por vir, e mais da metade são vulneráveis a períodos de seca atuais ou que estão por vir”, indica o relatório, encomendado pelo Congresso para melhorar a preparação das forças armadas ante a mudança climática.

Outras instalações militares enfrentam riscos por incêndios florestais ou pelo derretimento dos gelos, acrescenta o documento de 22 páginas, nas que se considera que as ameaças futuras serão concretizadas dentro de cerca de 20 anos.

O Pentágono não prevê, no entanto, nenhum financiamento especial para responder a estas ameaças que, segundo o documento, já estão refletidas no orçamento atual do Departamento de Defesa.

“Estão faltando muitas coisas” no informe, apontou John Conger, diretor do Centro do Clima e da Segurança, que reúne especialistas ambientais e ex-responsáveis militares.

O Congresso encarregou ao Pentágono identificar as dez infraestruturas militares mais ameaçadas pelas mudanças climáticas. E o informe oferece uma lista de 79 bases militares e instalações por ordem alfabética, em que “não sabemos como, se esqueceram do corpo de Marines”, acrescentou em um comunicado.

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Além disso, “omite-se sem explicação a base aérea de Tyndall, assim como Camp Lejeune, que necessitam bilhões de dólares em trabalhos de reconstrução depois dos recentes eventos meteorológicos extremos vinculados à mudança climática”, concluiu Conger, em referência aos furacões Michael e Florence, respectivamente.


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