Um de meus muitos ranços com essa gentalha – sim, gentalha! – fanática que tomou de assalto o Brasil, e me refiro aqui, obviamente, aos bolsonaristas extremados, é o cinismo, a ignorância e a hipocrisia com que militam em favor do amigão do Queiroz. Rachadinhas? Dizem eles: “e o Lula,hein? E o mensalão?”.

É isso aí. Essa gente relativiza, com Bolsonaro, tudo aquilo que diziam combater nos tempos do meliante de São Bernardo. Lava Jato, centrão, cartão corporativo, sigilo, dinheiro vivo, enfim, o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias faz tudo o que fazia o chefão petista, mas o “gado” apenas muge: “e o Lula? E o PT?”

Agora é a vez de relativizar os caminhoneiros, categoria essencial, sim, mas que não é dona do Brasil e que já protagonizou um dos piores momentos da nossa história, durante aquela greve política, comandada também por Jair Bolsonaro, sob o governo de Michel Temer, que custou, além de vidas, alguns dígitos do PIB do País.

Golpistas que se dizem democratas; inimigos da nação que se dizem patriotas; criminosos que se dizem “cidadãos de bem”; tiranos cruéis e intolerantes que se dizem cristãos… estes, sim, deveriam ir para a Venezuela, pois, por lá, seriam muito bem vindos ao regime chavista de Nicolás Maduro, que opera na base da violência e do terror.

O que diziam estes mesmos caminhoneiros, “patriotas e democratas”, sobre as ações terroristas do Movimento dos Sem Terra (MST), Brasil afora, quando queimavam pneus e fechavam as estradas, causando prejuízos enormes à sociedade e aos próprios transportadores de carga, sobretudo aquelas perecíveis e refrigeradas?

Eis aí (também) o porquê de eu desprezar – com todas as minhas forças!! -, como desprezo os radicais fascistoides de esquerda (PT, PSOL, PCO etc), essa malta bolsonarista que, ainda bem, será alijada do poder daqui a dois meses, ainda que para algo nem tão menos pior assim – não à toa eu não votar nem em um nem em outro.

Vamos ver como se comporta a Polícia Rodoviária de Bolsonaro, aquela que já utilizou uma viatura para matar um cidadão pobre no nordeste, transformando o carro em verdadeira câmara de gás, e que tentou no domingo, com mais de 500 blitze por todo o País, atrapalhar as eleições. Particularmente, intuo o que fará: tudo o que seu mestre mandar.