O presidiário Laudelino Ferreira Vieira, conhecido como Lino, desapareceu misteriosamente do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, conhecido como Máxima, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, em parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). As informações são do UOL.

Sob novas regras, presidiários voltarão a receber visitas presenciais

Visitas a presidiários estão suspensas por mais 30 dias

Onyx diz que 76 mil presidiários tentaram receber auxílio

De acordo com o boletim de ocorrência, a falta do detento foi notada na tarde de quarta-feira (02), durante a conferência dos presos no pavilhão 3 da unidade, conhecida por ser uma das mais seguras do país. Ele não foi localizado em nenhuma parte da cadeia e agora é considerado foragido.

A Polícia Civil informou que Lino tinha permissão para trabalhar em outras partes do presídio. Atualmente, ele era responsável pela limpeza da escola da unidade penal. No dia do sumiço, ele teria ido trabalhar normalmente, mas não retornou para seu pavilhão no horário determinado.

A Agepen informou que a Corregedoria-Geral abriu sindicância para apurar o desaparecimento de Laudelino e como ele teria conseguido fugir. Imagens de câmera de monitoramento dentro do local e também do lado de fora já estão em análise, mas até o momento não há pistas sobre o paradeiro do fugitivo.

A Polícia Civil acredita que Laudelino tenha sido ajudado por um funcionário do presídio. Os agentes serão ouvidos pelos investigadores nos próximos dias.

Condenações

Lino está preso desde 2015, após ser condenado por tentativa de assassinato contra policiais rodoviários federais. Ele teria disparado dez tiros contra os agentes após furar um bloqueio. Além deste crime, Laudelino foi condenado por tráfico de drogas e por envolvimento com uma quadrilha que roubou três aviões e matou um empresário em Corumbá, em 2001.

O criminoso ainda acumula condenações por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e uso de documentos falsos porque estava com seis quilos de cocaína e portava documentos com o nome de Jairo dos Santos. Ele foi apontado como membro de uma quadrilha que trocou tiros com a polícia e matou um policial militar em 2006. Todas as penas somadas chegam a 80 anos.