Um casal, que trabalhava em condições análogas a escravidão, foi resgatado na segunda-feira (16) de uma fazenda em Corumbá (MS). De acordo com uma equipe da Seção de Investigações Gerais, os agentes receberam uma denúncia do caso e foram até o local.

Conforme as autoridade, as vítimas, de 38 e 23 anos, relataram que trabalhavam no rancho há pouco mais de dois meses e teriam combinado receber do patrão R$ 60 por hectare de terra roçada

No entanto, eles não haviam sido pagos e teriam acumulado uma dívida de mais de R$ 2 mil junto ao patrão, pela alimentação que era fornecida. Eles também contavam com doações de vizinhos para fazer as refeições.

Ainda segundo a polícia, o casal contou que no primeiro mês de trabalho, eles dormiam dentro do chiqueiro dos porcos, um local feito de apenas algumas tábuas de madeira, sem paredes ou piso, vulnerável a chuvas, vento, frio, sol, entrada de animais.

Os policiais descobriram ainda que não havia água filtrada no local e os trabalhadores bebiam água diretamente do rio. O casal também precisava fazer as necessidades no mato ou em uma bacia improvisada, pois não havia banheiro. Já o banho era feito com água do rio.

De acordo com as vítimas, os dois não tinham registro em carteira. O dono da fazenda, um homem de 63 anos, possui um patrimônio de mais de mil cabeças de gado.

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Após as condições precárias de habitação e trabalho serem comprovadas, o delegado Nicson Lenon pediu a prisão em flagrante do homem e dos dois filhos dele.


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