A MRV Engenharia apresentou lucro líquido de R$ 158 milhões no terceiro trimestre de 2020, o que representa uma leve queda de 1,6% na comparação com o mesmo período de 2019, quando teve lucro de R$ 160 milhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 253 milhões, avanço de 1,9% na mesma base de comparação. A margem Ebitda diminuiu 1,5 ponto porcentual, para 14,4%.

A receita líquida atingiu o recorde de R$ 1,760 bilhão, alta de 12,2%.

Apesar do aumento da receita devido às vendas recordes, a companhia teve um recuo de 1,2 pontos na margem bruta, para 28,3%, o que proporcionou o recuo no lucro. A MRV concedeu descontos para acelerar a venda dos imóveis e agora, com a melhora do mercado, tem reduzido esses descontos progressivamente.

As despesas comerciais aumentaram 11,1%, para R$ 168 milhões, enquanto as despesas administrativas subiram 11,7%, para R$ 99 milhões.

A MRV reportou geração de caixa de R$ 306 milhões, ajudada pelo grande número de clientes encaminhados para o financiamento bancário. A dívida líquida ficou em R$ 733 milhões, alta de 2,6% em um ano. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) baixou 0,7 ponto, para 13,3%.

Pelo lado operacional, a MRV Engenharia acelerou os lançamentos depois do pior momento da pandemia e teve vendas recordes no terceiro trimestre – confirmando que o mercado imobiliário atravessa uma recuperação significativa.

De acordo com relatório já divulgado, os lançamentos foram de R$ 1,87 bilhão, avanço de 15%. As vendas bateram recorde pela terceira vez consecutiva. Foram comercializados R$ 1,97 bilhão, expansão de 41%.

Comparativo

O balanço da MRV superou a média das estimativas de quatro instituições financeiras (BTG Pactual, JPMorgan, Morgan Stanley e XP) consultadas pelo Prévias Broadcast.

Tanto lucro quanto o Ebitda ficaram 6,5% acima das expectativas do mercado. Já a receita foi 13% maior que o projeto pelas instituições.