Resumo:
- Funcionários do Outback estariam se ajoelhando para atender os clientes.
- O relato de uma advogada viralizou nas redes sociais e o MPT do Maranhão está investigando o caso.
- Uma funcionária alegou que a ação seria uma “norma da empresa”.
- O Outback afirmou que a prática foi extinta e que não obriga os funcionários a se ajoelharem ou agacharem para atender aos clientes.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Maranhão informou na quarta-feira (22) que passou a apurar a informação de que funcionários do Outback estariam se ajoelhando para atenderem aos clientes. Isso ocorreu após o relato de uma advogada viralizar nas redes sociais. A rede de restaurantes afirmou que extinguiu a prática.
@anabeatrizisaias♬ som original – Ana Beatriz | Advogada
A advogada, identificada como Ana Beatriz, afirmou que estava em um restaurante do Outback com a sua irmã quando uma funcionária veio atendê-las. A moça se ajoelhou e, ao ser questionada, alegou que a ação seria uma “norma da empresa” e teria aprendido isso durante o treinamento, pois deveria ficar “no alcance do olhar do cliente”.
Após o caso repercutir nas redes sociais, o MPT afirmou que deve oficializar os envolvidos para obter mais informações sobre o caso. Depois, decide se instaura um inquérito civil ou arquiva a ocorrência.
O que diz o Outback?
A rede australiana de restaurantes afirmou por meio do perfil no Twitter que atua no Brasil há 26 anos e sempre teve a intenção de oferecer um ambiente hospitaleiro tanto para os clientes quanto para os funcionários.
“Entre essas práticas, nossos atendentes costumam apresentar-se pelo nome, sorrir ao dar as boas-vindas e buscar contato visual com o cliente, algumas vezes na altura dos olhos, o que implica sentar-se à mesa ou agachar-se ao lado dele”, informou.
O Outback ressaltou que não obriga os funcionários a fazerem isso e já orientou as unidades a pararem de adotar essa orientação.
Posicionamento da empresa
O Outback Steakhouse reforça que não obriga que seus funcionários atendam os clientes em posição de joelhos. A empresa chegou ao Brasil há 26 anos com a proposta de inovar o mercado de restaurantes, tanto no cardápio como na ambientação e forma de atendimento. A intenção sempre foi a de buscar proximidade e oferecer um ambiente bastante hospitaleiro, tanto para clientes, como para nossos funcionários. Entre essas práticas, nossos atendentes costumam apresentar-se pelo nome, sorrir ao dar as boas-vindas e buscar contato visual com o cliente, algumas vezes na altura dos olhos, o que implica sentar-se à mesa ou agachar-se ao lado dele. “O eye level, termo em inglês, que significa exatamente nível dos olhos como é conhecida a prática empática de estar no mesmo patamar do cliente que está sendo atendido, nunca incluiu
o ato de ajoelhar-se perante o cliente e está completamente desprovida de qualquer conotação de servidão, que é justamente o oposto da proximidade que buscamos criar.
Recentemente, e especialmente após a pandemia, o procedimento de eye level foi naturalmente se extinguindo e se tornou opcional. O contato visual persistiu pontualmente, por ser opcional, mas temos orientado nossas unidades para que não seja mais adotada. Essa orientação será mais uma vez reforçada em todos os nossos restaurantes.
Reafirmamos nosso cuidado com as pessoas, compromisso que resulta no fato de que hoje a maioria dos sócios proprietários dos restaurantes começaram conosco, trabalhando na cozinha ou no salão. Reiteramos, portanto, que o Outback Steakhouse não obriga, tampouco recomenda, que seus funcionários atendam os clientes em posição de joelhos e reafirmamos nosso compromisso em continuar investindo em Nossas Pessoas como marca geradora de mais de 12 mil empregos no Brasil.
Comunicamos que, até o momento, não fomos procurados ou notificados pelo Ministério Público do Trabalho do Maranhão. Estamos à disposição do MPT/MA.