O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) investiga um homem suspeito de assediar pelo menos 21 psicólogas antes e durante as consultas online. As profissionais procuraram a polícia e afirmaram que foram vítimas de importunação sexual. As informações são do R7.

As profissionais que denunciaram o mesmo homem são dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Paraíba e Distrito Federal.

Algumas delas, que deram continuidade às consultas, afirmaram que o homem entrava em assuntos de cunho sexual e, depois, fazia movimentos de masturbação.

A psicóloga Liliany Souza relatou à Agência Record que o suspeito entrou em contato por meio de um aplicativo de mensagens e pediu um atendimento com urgência. Como de praxe, antes, ela pediu que o homem enviasse alguns dados para fazer a ficha cadastral.

Depois, ela enviou uma tabela com os seus horários disponíveis. O homem não escolheu nenhum e não enviou os seus dados. No entanto, ele insistiu em fazer uma ligação por videochama e alegou que era uma Pessoa com Deficiência (PcD).

Então, Liliany pediu para que ele enviasse um áudio adiantando o assunto. Mas ele insistiu na videochamada. A psicóloga desconfiou do caso e insistiu para que ele enviasse os seus dados.

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O homem ficou irritado e começou a insultá-lo. Ele também ofereceu R$ 1.000 para que Liliany mostrasse os seios para ele. Nesse momento, a profissional bloqueou o suspeito. Porém ele não desistiu e passou a assediá-la por meio do Instagram.

Outros casos

Depois disso, Liliany decidiu compartilhar o episódio no seu perfil do Instagram e começou a receber diversos relatos de outras psicólogas que foram importunadas pelo mesmo homem.

As outras profissionais relataram que, durante as consultas, o homem falava que havia sonhado com elas em um contexto sexual.

Liliany acredita que pelo menos 150 profissionais foram vítimas. Ela ressaltou que o homem procura por psicólogas recém-formadas, pois têm menos experiência.

Segundo Liliany, o homem afirma que as psicólogas não podem denunciá-lo por conta do sigilo entre profissional e cliente.

Mesmo assim, as psicólogas registram os casos no Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) do MPSP, que requisitou a instauração de um inquérito na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

A Agência Record entrou em contato com a DDM e foi informada que as investigações estão sob sigilio.


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