Em abril deste ano, policiais militares interromperam a tiros uma batalha de rima em uma praça do bairro Manoel Corrêa, em Cabo Frio (RJ). Agora, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio, instaurou um inquérito civil para apurar a ação dos agentes. As informações são do G1.

Os organizadores da batalha de rimas informaram que os militares justificaram a ação dizendo que “cultura é só na escola”, “rap é coisa de vagabundo” e “lugar de criança é em casa e não na praça fazendo rap”.

O promotor de Justiça Vinícius Lameira afirmou que o inquérito tem como objetivo defender a liberdade de manifestação cultural dos jovens.

“Essa intervenção está sendo realizada para proteger a liberdade de manifestação cultural, de realização de batalhas de rap dentro da comunidade, sem atos de violência. Iremos ouvir os organizadores do evento, o comandante do Batalhão da PM e tentar desenvolver, conjuntamente, um protocolo de atuação da polícia quando estiverem sendo realizados eventos dessa natureza em comunidades do município.”

Ao ser questionada, a Polícia Militar informou que os agentes envolvidos no caso prestaram depoimentos na sede do batalhão e, na sequência, foram afastados de suas funções nas ruas até a conclusão das apurações.