O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou nesta quarta-feira, 21, uma operação para desmontar uma quadrilha acusada de furtar petróleo e derivados de dutos da Transpetro. A Operação Bandeirantes, organizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado e pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência, tinha como objetivo cumprir sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão contra os acusados de furtar combustíveis.

Dois policiais militares tiveram a prisão decretada: Ernani Monte de Lima, lotado no 26º Batalhão de Polícia Militar, de Petrópolis, região serrana do Rio, e José da Silva de Lima, do 16º Batalhão, de Olaria, na zona norte da capital. Também estão envolvidos no esquema três ex-funcionários de empresas terceirizadas que prestaram serviço para a petroleira.

Todos foram denunciados pelo crime de organização criminosa e tiveram a prisão preventiva concedida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias, município onde a organização criminosa se formou e se estruturou, segundo o MPRJ.

De acordo com a denúncia, para o furto de combustíveis, a quadrilha arrendou um terreno em Barbacena, na Zona da Mata mineira, por onde passa o duto da Transpetro do qual planejavam desviar petróleo e derivados para vender ilegalmente a refinarias clandestinas.

A quadrilha, no entanto, foi flagrada em março do ano passado, quando se preparava para retirar o material dos dutos. O furto seria feito através do processo conhecido como trepanação, com instalação de uma válvula para desviar o óleo. Os acusados foram presos na ocasião, mas aguardavam o julgamento em liberdade, depois de serem acusados pela justiça mineira apenas por tentativa de furto qualificado.

Durante a apuração do crime, o MPRJ encontrou provas de que, para alugar o terreno por um ano, a quadrilha falsificou documentos e a assinatura de uma pessoa idosa, além do selo do 18º Registro de Notas da capital. A intenção era forjar a legalidade do aluguel do terreno em Barbacena.

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Na operação, os agentes tiveram apoio do Ministério Público de Minas Gerais, da Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. Participaram da operação para prisões e buscas 28 agentes do MPRJ e 12 agentes da Corregedoria Interna da PM.


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