O MPPE (Ministério Público de Pernambuco) defendeu na noite desta sexta-feira, 20, que as prisões preventivas de Deolane Bezerra  e dos demais investigados na operação “Integration” devem ser substituídas por outras medidas cautelares.

Segundo o MPPE, após “minuciosa análise dos autos da investigação” os promotores concluíram que “para embasar a acusação formal seriam necessárias algumas diligências complementares as que já foram levadas a efeito pelo Polícia Judiciária do Estado de Pernambuco”.

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Ao defender a revogação das prisões preventivas, o MPPE explica que “o lapso temporal necessário ao cumprimento das novas diligências implicaria, inevitavelmente, em constrangimento ilegal”.

“O requerimento de novas investigações, detalhadas no corpo da manifestação já lançada nos autos do PJE respectivo, não descuida da manutenção de algumas medidas cautelares já deferidas e impostas, sem prejuízo de que outras possam ser aplicadas ao caso concreto. Assim, a juízo do MPPE, devem permanecer hígidos os atos processuais consistentes em buscas e apreensões de bens e valores, bem como as suas indisponibilidades”, diz a nota do MPPE.

Prisão de Deolane

A advogada  foi presa em 4 de setembro, na operação “Integration”, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, para investigar a prática de lavagem de dinheiro de jogos ilegais. Deolane Bezerra está presa na Colônia Penal de Buíque, em Pernambuco.

Ela chegou a receber um habeas corpus no último dia 9, que foi revogado um dia depois, após o descumprimento de medidas cautelares impostas pelo judiciário.

Pelas regras determinadas pelo TJPE, Deolane não podia se pronunciar publicamente por meio de redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação sobre o caso. Foi este último item que Deolane descumpriu assim que deixou Instituto Bom Pastor, onde estava presa.

A mãe da advogada, a influenciadora Solange Bezerra também foi presa na mesma operação, No entanto, teve um habeas corpus concedido pela Justiça na quarta-feira, 18, e terá uma prisão “flexibilizada”.