A Procuradoria da República no Distrito Federal vai investigar a suposta ação da primeira-dama Michelle Bolsonaro junto à Caixa Econômica Federal, após denúncia da revista “Crusoé” de que ela teria agido para favorecer empresas de amigos na busca por créditos de programas emergenciais da Caixa. As informações são do UOL.

O tema será investigado dentro do inquérito que já apura as irregularidades da Caixa. De acordo com a reportagem da Crusoé, documentos indicam que Michelle tratou do tema pessoalmente com o presidente do banco, Pedro Guimarães.

Segundo a reportagem, uma auditoria da Caixa chegou a identificar um “fato estranho” que, ao ser apurado, levou à revelação de uma lista de pessoas que teriam sido indicadas pela primeira-dama para o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

O processo de obtenção de crédito chegou a receber um “tratamento vip”, contrariando o fluxo normal. A maior parte das operações de crédito foi realizada em uma agência da Caixa em Taguatinga.

Auditores visitaram o local e descobriram uma pasta chamada “Indicações” no sistema de computadores, que concentraria os pedidos enviados por superiores do banco sobre essas demandas.

O líder da Minoria na Câmara, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), acionou o MPF para que Michelle fosse investigada por tráfico de influência.