O MPF (Ministério Público Federal) denunciou na segunda-feira, 6, três policiais rodoviários federais pela morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de três anos, durante uma abordagem na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, no dia 7 de setembro deste ano.

Resumo:

  • Heloísa estava em um carro com a família, quando foi atingida na nuca por um disparo;
  • A menina chegou a ser e levada para um hospital, onde ficou internada, mas não resistiu;
  • O MPF entendeu que a criança morreu em decorrência dos disparos efetuados pelos policiais rodoviários federais.

Heloísa passava de carro com a família pelo Arco metropolitano. De acordo com o pai da menina, William da Silva, o veículo foi alvo de tiros que partiram de uma viatura da PRF (Polícia Rodoviária Federal). A criança chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, onde ficou internada até o dia 16 de setembro, quando teve a morte declarada.

O MPF entendeu que a menina morreu em decorrência dos disparos efetuados pelos agentes. Além disso, pediu para que Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viégas Pinheiro e Wesley Santos da Silva respondam pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e fraude processual.

“Em outro trecho do documento, a denúncia destaca o fato de não ter havido nenhuma abordagem ao motorista do veículo pelos policiais”, afirmou o MPF ao ressaltar que, com essa conduta, os agentes quiseram a morte dos ocupantes do veículo ou assumiram o risco de que isso pudesse acontecer.

Relembre o caso:

Heloísa foi baleada na nuca e morreu após ficar oito dias internada.

Na sequência, o MPF pediu uma perícia nas armas usadas pelos policiais rodoviários federais e no carro da família de Heloísa, pois não concordou com o trabalho realizado pela Polícia Civil.

Após o ocorrido, a PRF prestou solidariedade aos familiares, que receberam apoio da Comissão de Direitos Humanos da corporação.

No dia 16, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou sobre o caso e afirmou que isso não deveria ter acontecido. “A dor de perder uma filha é tão grande que não tem nome para essa perda. Não há o que console”, finalizou.