O Ministério Público de Cravinhos (SP) vai denunciar a mãe e o padrasto de Itaberlly Lozano, de 17 anos, por crime de homofobia. O rapaz, que era homossexual, foi morto a facadas e teve o corpo queimado em um canavial. Segundo parentes, a mãe não aceitava a homossexualidade do filho.

A advogada Carolina Haram, acompanhada de representantes de uma ONG de defesa de grupos LGBT, esteve reunida com o promotor Wanderley Trindade. Além de cobrar uma posição, eles entregaram provas para serem anexadas ao processo, como áudios em que a vítima fala da violência que sofria. Para a advogada, é preciso lei para punir a homofobia. “Precisamos fazer o Legislativo tipificar esse tipo de crime, que é de ódio motivado por preconceito em razão da orientação sexual da pessoa”, falou.

O promotor do caso diz não ter dúvidas de que o caso em Cravinhos é de homofobia. “Depoimentos confirmam essa versão. É isso que vou defender na denúncia e também no tribunal do júri”, disse Trindade.

Ele conta que já ouviu testemunhas e cita uma postagem do jovem nas redes sociais dias antes de ser morto. Na mensagem ele fala que sua mãe colocou um monte de gente para bater nele pelo fato de ser homossexual. E que também já apanhou dela por esse motivo, tendo até que sair da cidade.


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