O Ministério Público do Rio de Janeiro detalhou a denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro, sua mulher, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e mais 15 pessoas pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No documento de 50 páginas, a Promotoria acusa Flávio Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que teria desviado R$ 6 milhões da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro através da nomeação e manutenção de  “funcionários fantasmas” em cargos comissionados. Eles devolviam parte do seu salário para o grupo, no esquema que ficou conhecido como “rachadinha”.

A Promotoria ainda identificou que mais de R$ 2 milhões foram repassados para a conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, que transferia o dinheiro através do pagamento de despesas da família Bolsonaro, depósitos em contas bancárias do casal e transações imobiliárias.

O MP-RJ pediu à Justiça que, caso Flávio Bolsonaro seja condenado, ele perca todos os bens que tenham relação com os supostos crimes, como um apartamento na Barra da Tijuca, e que o senador perca o exercício do cargo público por oitos anos. O Ministério Público ainda pede que o senador, Queiroz e Coronel Braga devolvam R$ 6, 1 milhões pelos supostos crimes de peculato.