O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) ofereceu denúncia na quarta-feira, 11, contra sete pessoas, entre elas funcionários e ex-funcionários da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O principal acusado é Jorge Luiz Fernandes, chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL), supostamente responsável por liderar um esquema de “rachadinha” que teria desviado R$ 1,7 milhão.

Segundo o órgão, o suposto esquema teria ocorrido no gabinete do vereador entre os anos de 2005 e 2021. “Rachadinha” é um ato em que parte dos salários dos funcionários é desviado ao líder da prática.

A investigação do PIC (Procedimento Investigatório Criminal) apontou que Juciara da Conceição Raimundo da Cunha, Alexander Florindo Baptista Junior, Thiago Medeiros da Silva, José Francisco dos Santos, Andrea Cristina da Cruz Martins, e Regina Célia Sobral Fernandes e Jorge Fernandes integravam o esquema. Os envolvidos foram indicados para o gabinete de Carlos Bolsonaro pelo chefe de gabinete.

“A denúncia destaca que Jorge Fernandes era o líder do grupo e que utilizava uma conta bancária específica para gerenciar os valores desviados. O caso segue agora para apreciação na 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, onde os acusados terão a oportunidade de apresentar suas defesas”, informou o MP-RJ.

O órgão ainda ressaltou que a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital concluiu que não havia indícios suficientes para sustentar uma acusação contra Carlos Bolsonaro por suposto envolvimento no esquema.