Funcionários contratados através de cargos secretos pela Fundação Ceperj sacaram mais de R$ 226 milhões em dinheiro nos sete primeiros meses desse ano, segundo investigação feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e divulgada pelo portal UOL.
Promotores da 15ª Vara de Fazenda Pública do Rio pedem a suspensão de novas contratações na Fundação Ceperj sem que haja transparência. O levantamento do MP-RJ identificou, em planilha fornecida pelo banco, 27.665 pessoas pagas ao longo deste ano. Já os documentos públicos, segundo o UOL, mostram cerca de 18 mil funcionários.
O governo estadual ainda não foi notificado da ação e a Justiça ainda não decidiu se libera liminar para suspender novas contratações. Além disso, a Ceperj já anunciou que agora os funcionários vão precisar de uma conta corrente para pagamento dos salários e não mais diretamente na “boca do caixa”.
Foram os saques na cidade de Campos dos Goytacazes, no norte do estado do RJ, que chamaram a atenção do MP-RJ. Em um só dia, 14 de junho, foram sacados R$ 536 mil em espécie. O órgão aponta que os valores estariam sendo repassados a terceiros, indicando um esquema de rachadinha.
“A realização de saques de dinheiro em grande volume, tal como acima retratado, constitui nítida afronta às normas de prevenção à lavagem de dinheiro”, afirmam os promotores.