As investigações do Ministério Público contra o Corinthians seguem em curso. Além de investigar o uso do cartão de crédito corporativo do clube por ex-presidentes, o MP de São Paulo apura possíveis conexões entre o clube e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações se intensificaram após declarações de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, que declarou ao MP que o “o crime organizado se infiltrou no clube”.
Agora, o Ministério Público investiga se jogadores do atual elenco e ex-jogadores do Corinthians se hospedaram em um imóvel de José Carlos Gonçalves, conhecido como Alemão, uma das figuras apontadas como um dos grandes nomes do PCC.
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O órgão segue buscando informações para entender se os atletas Fausto Vera, Rodrigo Garro e Talles Magno residiram no imóvel, localizado no Anália Franco, zona leste da capital. Apesar da investigação, não há suspeitas de que os atletas tenham praticado nenhum tipo de crime e todos devem ser ouvidos na condição de testemunha.
Elo com o PCC e investigação contra ex-presidentes
A associação entre a facção e o Corinthians foi apontada a partir do contrato do clube com a patrocinadora Vai de Bet, assinado no início de 2024. De acordo com informações da Polícia Civil e o MP, parte do dinheiro do contrato foi direcionado a empresas ligadas à organização criminosa.
Ainda no ano passado, o ex-diretor Rubão, dirigente próximo a Augusto Melo, ex-presidente corintiano e principal nome responsável pelo acordo com a casa de apostas, disse que o “crime organizado se instalou no Corinthians”.
O MP também apurou que nomes fortes do PCC participaram da negociação com os atletas Du Queiroz e Igor Formiga, ex-jogadores do Corinthians, na época em que o clube era presidido por Duílio Monteiro Alves.
A princípio, as investigações do MP começaram por conta do uso indevido do cartão corporativo do Corinthians por parte de ex-presidentes. Augusto Melo, Duílio e também André Sanchez, passaram a ser investigados e tiveram o pedido de afastamento do clube pelo MP. Entretanto, até o momento, ainda não houve condenações.