O Ministério Público do Paraguai informou nesta quinta-feira (5) que os passaportes utilizados pelo ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e pelo irmão, Assis Moreira, para entrar no país, foram emitidos em janeiro deste ano para duas mulheres de origem paraguaia.

Em entrevista coletiva, o procurador responsável pelo caso, Federico Delfino, disse que os documentos apresentados pelo ex-jogador estariam vinculados a outras identidades e teriam sido adulterados. De acordo com a rede ABC TV, os números dos passaportes pertencem a duas mulheres de Assunção.

“Quando a verificação da documentação foi feita, chamou a atenção porque, para obter a nacionalidade paraguaia, é preciso viver cerca de três anos no país e ter um emprego. Sendo Ronaldinho uma pessoa mundialmente famosa, nós teríamos conhecimento disso”, explicou Delfino.

Segundo o procurador, Ronaldinho e o irmão dele saíram do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, com documentos brasileiros e teriam recebido os passaportes paraguaios “assim que deixaram o avião”.

As investigações apontam que os brasileiros teriam recebido os documentos na sala VIP do aeroporto internacional da capital paraguaia. Ronaldinho e Moreira prestam depoimento na sede do Ministério Público do Paraguai.