MP do Equador acusa ex-funcionários de Correa de homicídio de presidenciável

O Ministério Público do Equador acusou de assassinato, nesta quarta-feira (3), dois antigos funcionários do governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), que estão fora do país, suspeitos de serem os autores intelectuais do magnicídio do candidato presidencial Fernando Villavicencio em 2023.

Villavicencio, à época um dos candidatos mais populares e duro crítico de Correa, foi assassinado a tiros por um matador de aluguel colombiano na saída de um comício em Quito, uma semana antes das eleições gerais daquele ano.

O MP acusou o ex-legislador correísta Ronny Aleaga, o ex-ministro José Serrano e um empresário, mas a Justiça ainda não determinou sentenças contra eles.

O autor dos disparos foi morto por seguranças do político, e outros cinco implicados foram condenados em 2024 a penas de até 34 anos de prisão. Outros seis colombianos supostamente vinculados ao magnicídio foram assassinados na prisão.

O Ministério Público informou pela rede X que, após o seu pedido, uma juíza de Quito determinou a prisão preventiva de Aleaga, que fugiu para a Venezuela há mais de um ano ao ser investigado em um caso de corrupção.

Serrano e o empresário Xavier Jordán estão nos Estados Unidos e deverão se apresentar periodicamente perante o consulado equatoriano em Miami por decisão judicial.

Serrano, peça-chave no governo Correa, está detido há um mês em Miami por um tema migratório. Caso seja deportado, o ex-ministro deverá se apresentar em um prazo de três dias perante a Justiça, indicou o órgão acusador.

O MP insistirá na prisão preventiva para Serrano e Jordán, após um indeferimento inicial da Justiça.

No Equador, o crime de assassinato é punido com até 26 anos de prisão.

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