15/09/2023 - 15:28
O MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) denunciou o ex-deputado federal Jean Wyllys pelo crime de injúria após supostas declarações homofóbicas contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
Resumo:
- Eduardo Leite e Jean Wyllys discutiram por meio do X (antigo Twitter) após o governador do RS decidir manter as escolas cívico-militares no estado;
- Jena Wyllys chamou Eduardo Leite de “gay com homofobia”;
- Por conta disso, o governador do RS abriu uma representação contra o ex-deputado federal. Agora o MP-RS denunciou Wyllys por injúria.
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Na ação, o MP-RS disse que Jean ofendeu “a dignidade e o decoro” de Eduardo Leite “em razão de sua orientação sexual”.
Isso ocorreu após a promotora de Justiça Claudia Lenz Rosa aceitar a representação feita pelo governador gaúcho.
Relembre o caso:
No dia 14 de julho, houve um bate-boca entre Jean e Eduardo em decorrência da decisão do governador de manter as escolas cívico-militares no RS. Na ocasião, o ex-deputado federal criticou a atitude de Leite e disse que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.
Eduardo Leite rebateu a afirmação de Wyllys e o chamou de “ignorante”, pois sua fala “em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância”.
Depois, no dia 17 de julho, Eduardo Leite divulgou um vídeo em seu perfil no X (antigo Twiitter) em que declarou que havia aberto uma representação contra Wyllys.
“Não interessa se é da direita ou da esquerda. Não interessa a cor da bandeira que carrega. O que importa é que homofobia, preconceito, discriminação não podem ser tolerados. A sociedade que a gente defende é uma sociedade de respeito, de tolerância, em que as pessoas sejam julgadas pelo seu caráter, pela sua capacidade, pela sua honestidade, não pela cor da pele, não pela crença religiosa, não pela orientação sexual. Homofobia, venha do lado que vier, preconceito e discriminação, venha do lado que vier, da cor da bandeira que cada um segurar, não pode ser tolerado e por isso eu faço essa representação junto ao Ministério Público”, disse Eduardo Leite à época.