O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), e sua ex-assessora Ariane Lima por suposta ligação com uma milícia.

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O órgão acusa as duas de terem participação na milícia “Bonde do Zinho”, liderada por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, considerada uma das mais poderosas e violentas do estado.

A denúncia contra Lucinha e Ariane Lima foi protocolada pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) com base na Operação Dinastia 1, deflagrada pela Polícia Federal na qual apontou que a milícia de Zinho é dividida em três núcleos: lideranças principais; lideranças locais e assessores. Esse último é responsável por manter contato com forças de segurança e executar funções de patrulhamento e segurança.

Já na Operação Dinastia 2 foram identificados outros dois núcleos da milícia. Um deles a deputada supostamente fazia parte. Lucinha e Ariane, de acordo com o MP-RJ, integravam o núcleo político, responsável por defender os interesses da milícia junto ao poder público.

Além disso, o órgão ressaltou que a deputada e a ex-assessora recebiam informações sobre as investigações em curso e supostamente atuavam para interferir nelas. Entre os anos de 2021 e 2023, Lucinha nomeou como assessores de seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) integrantes da milícia e seus parentes.

Em dezembro de 2023, a deputada chegou a ser afastada do seu cargo, mas, em fevereiro, a Alerj derrubou a decisão judicial durante uma sessão em plenário.

A ISTOÉ entrou em contato com a deputada estadual Lucinha para comentar o ocorrido, mas não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto.