O Ministério Público de Honduras pediu, nesta segunda-feira (18), à Justiça que confiscasse 131 bens “de origem ilícita” do ex-presidente Juan Orlando Hernández, 10 dias depois de ele ter sido considerado culpado de tráfico de drogas em um julgamento histórico nos Estados Unidos.

Os promotores “impulsionam ações de privação definitiva de domínio de 131 bens considerados de origem ilícita registrados em nome do ex-presidente Juan Orlando Hernández Alvarado, de sua esposa, Ana Rosalinda García Carías, entre outras pessoas do círculo próximo”, informou o MP em comunicado.

A Promotoria detalhou que se trata de 32 imóveis (terrenos e casas), 19 sociedades comerciais e 80 produtos financeiros (contas bancárias ou depósitos).

A Justiça havia ordenado um embargo cautelar a esses bens em abril de 2022, quando Hernández foi extraditado para os Estados Unidos, dois meses depois de deixar o poder.

O MP mencionou, entre outras pessoas próximas, a mãe do ex-presidente, María Elvira Alvarado, e seus irmãos Aixa Marlene, Amílcar, Juan Antonio (condenado por tráfico de drogas nos EUA em 2021) e Hilda (que morreu em 2021 em um acidente de helicóptero).

Em 8 de março, Hernández foi considerado culpado de tráfico de drogas e de armas por um júri de um tribunal federal de Nova York, no final de um julgamento que pode levá-lo a passar o resto da vida na prisão.

Sua sentença será anunciada em 26 de junho, segundo o MP dos EUA.

nl/fj/nn/aa/mvv