TURIM, 3 DEZ (ANSA) – As relações da Juventus com o craque português Cristiano Ronaldo, hoje no Manchester United, estão no radar do Ministério Público de Turim, na Itália, que cumpriu um novo mandado de busca e apreensão na sede da Velha Senhora.   

As autoridades piemontesas tomaram a iniciativa depois dos recentes interrogatórios com alguns dirigentes do tradicional clube italiano, que foram ouvidos como testemunhas.   

“O mandado de busca e apreensão não altera as hipóteses investigativas do dispositivo anterior, mas especifica uma alegada existência de documentos que, até o momento, não foram encontrados”, explicou o advogado Maurizio Bellacosa, que defende a Juve, em entrevista à ANSA.   

Os principais cartolas do clube italiano estão sendo investigados por suspeitas de irregularidades financeiras e fraudes nos balanços do clube, que é cotado na Bolsa de Valores de Milão, entre os anos de 2019 e 2021.   

O inquérito mira inclusive as relações econômicas entre a Juventus e CR7, bem como várias negociações “pouco precisas” envolvendo jogadores sub-23, como o empréstimo do brasileiro Matheus Pereira ao Barcelona.   

Os investigadores apontam que a Juve lançava em seus balanços ganhos de capital fictícios provenientes da compra e venda de atletas, receitas que seriam de “natureza meramente contábil”.   

O CEO da Juventus, Maurizio Arrivabene, foi interrogado no início da semana sobre as suspeitas de crimes financeiros no clube mais rico do país. No cargo há menos de seis meses, o ex-Ferrari foi ouvido como testemunha e não investigado.   

O Ministério Público de Turim também apontou que o advogado Cesare Gabasio, um dos conselheiros da Juventus, surgiu como um novo suspeito na investigação do caso “plusvalenze”. (ANSA).