Após serem beneficiados com a saidinha temporária da prisão em São Paulo, Valdeci Alves dos Santos, de 49 anos, o Colorido, e Odair Lopes Mazzi Júnior, de 39, conhecido como Vini ou Argentina, foram para Bolívia. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), os dois são gerentes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e estão refugiados no país vizinho negociando cocaína em nome da facção, para envio ao Brasil. As informações são do colunista Josmar Jozino, do Uol.

Em setembro de 2020, Colorido e Odair foram denunciados pelo MP na Operação Shark por associação a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Para os advogados dos réus, não há materialidade comprobatória sobre os crimes aos quais os denunciados são acusados e o que existem são apenas suposições.

Conforme a Promotoria, Colorido foi liberado do Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso (SP) em 13 de agosto de 2014, no Dia dos Pais. Já Argentina deixou a Ala de Progressão Penitenciária de Álvaro de Carvalho (SP) em 12 de maio de 2003, no Dia das Mães.

Em nota ao Uol, a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP) informou que uma média de 5% dos aproximadamente 30 mil detentos liberados em saidinhas não voltam à prisão e são considerados evadidos.

Os dois gerentes do PCC preenchiam todos os requisitos exigidos pela Lei de Execução Penal para serem beneficiados com a saída temporária da prisão e por isso foram liberados pela Justiça. Além de Colorido e Argentina, outros seis integrantes do PCC também denunciados na Operação Shark continuam foragidos.