O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) entrou na Justiça contra Sara Winter. O órgão pede que a militante de extrema direita seja condenada por divulgar os dados pessoas da menina, de 10 anos, a qual passou por procedimento cirúrgico para interromper gravidez, causada por um estupro do qual o tio dela é suspeito.

Caso a bolsonarista seja condenada, ela terá de pagar R$ 1,3 milhão por danos morais ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da cidade de São Mateus, no Espírito Santo.

O caso ganhou repercussão no último domingo (16), quando a militante compartilhou nas redes sociais informações da criança, além do nome do hospital em que seria realizado a interrupção da gestação.

Com isso, pessoas contrárias ao aborto foram até o hospital, no Recife, para protestar contra o ato. No mesmo dia, os manifestantes tentaram forçar a entrada na unidade de saúde e ofenderam a menina e seus familiares.

“Expôs a criança e a família dela, em frontal ofensa a toda a ordem jurídica protetiva da criança e do adolescente, conclamando seguidores a se manifestarem”, explicou o promotor Fagner Cristian Andrade Rodrigues, autor da ação.

Após a divulgação dos dados da vítima de estupro, Winter perdeu seu perfil no YouTube. Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação contra a militante. Na web, uma petição já conta com mais de 100 mil assinaturas para abrir um processo contra ela.