Desde maio de 1968 não se via na França tamanha comoção popular contra as medidas de um governo. Inconformados com as reformas trabalistas, milhões de franceses foram às ruas protestar contra o governo socialista do presidente François Hollande. Os protestos tiveram início em abril e desde então bloqueios a estradas, portos e refinarias e a suspensão de serviços básicos têm sido frequentes. A principal reivindicação contra a reforma de Hollande está na alegação de que a proposta flexibiliza as demissões, além de retirar direitos e salários e prever vínculos contratuais precários. Na sexta-feira 27, oito refinarias de petróleo foram isoladas pela ação dos manifestantes, causando ruptura no fornecimento combustíveis em 1,5 mil dos 12 mil postos do País.