Desde a noite da última quinta-feira, a hashtag #ForaTite, movimento pedindo a saída do técnico da seleção brasileira, ganhou espaço nas redes sociais. Dezenas de internautas criticaram a posição do treinador, na coletiva de imprensa na Granja Comary. Tite fez críticas veladas à realização da Copa América no Brasil e prometeu esclarecer sua posição após os dois próximos jogos das Eliminatórias – o último será na terça-feira no Paraguai. No Twitter, o assunto alcançou relevância e ficou entre os mais comentados da rede entre os “trending topics”.

Internautas chamaram o treinador de “esquerdopata” e “lacrador” por conta de um possível boicote do técnico, sua comissão e até mesmo os jogadores à Copa América 2020, que será disputada no Brasil após a desistência da Colômbia (por problemas políticos internos) e da Argentina (pelo agravamento da pandemia). Em sua maioria, os internautas que usam a hashtag #ForaTite são favoráveis à realização da Copa América em território nacional e apoiam o presidente Jair Bolsonaro.

Nesta sexta-feira, o mesmo grupo insatisfeito com o treinador começou a pedir para que Renato Gaúcho assuma a posição na Seleção. Embora não tenham a metodologia de uma pesquisa científica, os números apontam tendências, um retrato das redes sociais, especialmente o Twitter.

Desde o início da campanha nas Eliminatórias da Copa de 2018, em 1º de setembro de 2016, Tite viveu bons momentos na seleção e chegou a ser unanimidade. Em tom de ironia, internautas o apontavam como virtual candidato à presidência do País. O prestígio se dissipou após a derrota para a Bélgica e a eliminação na Copa da Rússia.

Com 52 jogos no comando da equipe – 38 vitórias, 10 empates e quatro derrotas -, Tite apresenta retrospecto amplamente favorável, mas vive um momento de instabilidade. As razões são as divergências com o presidente da CBF, Rogério Caboclo, por conta do apoio do treinador às insatisfação dos jogadores com a Copa América e a maneira como a CBF se posicionou sobre o tema – os jogadores ficaram sabendo que o torneio seria no Brasil pelas redes sociais e pela imprensa.

Também agravaram a crise a denúncia de assédio sexual e moral de uma funcionária da CBF contra o presidente e críticas do dirigente à comissão técnica da seleção, especialmente ao auxiliar Cléber Xavier, auxiliar de Tite.

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