ROMA, 07 JAN (ANSA) – Após ganhar força no fim do ano passado com grandes manifestações contra o ex-ministro Matteo Salvini e a extrema direita na Itália, o movimento das “sardinhas” fará em 2020 seu primeiro congresso nacional.
Segundo a porta-voz do grupo em Turim, Valentina Penotti, as datas do evento – provavelmente dois dias – devem ser anunciadas até 26 de janeiro. “Em nível regional, estamos um pouco divididos, no sentido de que cada região pensa um pouco por si”, declarou Penotti nesta terça (7).
De acordo com ela, o congresso reunirá representantes das “sardinhas” em todo o país. O anúncio deu combustível aos rumores de que o movimento estuda se transformar em partido, algo sempre negado por seus líderes.
Em dezembro passado, em Roma, as “sardinhas” já fizeram sua primeira reunião de âmbito nacional, que contou com a presença de 150 participantes.
O grupo surgiu na Emilia-Romagna, norte da Itália, para frear a ascensão de Salvini e evitar uma vitória da extrema direita nas eleições de 26 de janeiro na região, um histórico feudo da esquerda italiana.
Desde então, o movimento se espalhou por todo o país, lotando praças e ruas com manifestantes “espremidos como sardinhas”. Os protestos do grupo têm viés abertamente progressista e levantam bandeiras contra o fascismo e em defesa de migrantes e do meio ambiente. (ANSA)