Movimentação financeira do PCC aumenta 160 vezes em 15 anos

Divulgação/Polícia Federal
Dinheiro apreendido em operação da PF contra traficantes, incluindo membros do PCC Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apreenderam documentos com contadores e tesoureiros do Primeiro Comando da Capital (PCC) que mostram que a facção criminosa teve um aumento de 160 vezes em seu faturamento nos últimos 15 anos. As informações são do colunista Josmar Jozino, do UOL.

Segundo as planilhas, a organização passou de R$ 6,2 milhões de setembro de 2004 a junho de 2005 para cerca de R$ 1 bilhão entre abril de 2018 e julho de 2019. Nos documentos de Deivid Surur, conhecido como DVD e primeiro tesoureiro da organização, é possível ver que, em 2005,  a facção movimentava cerca de R$ 350 mil por mês com drogas, armas, advogados, remessas para líderes e empréstimos para outros integrantes. A contabilidade era toda feita a mão.

O criminoso foi preso em 2005 e encontrado morto alguns meses depois no CDP 1 ( Centro de Detenção Provisória) do bairro de Belém, zona leste de São Paulo. Segundo as autoridades, Deivid morreu de asfixia, mas muitos acreditam que ele foi morto após desviar R$ 150 mil do PCC.

Atualmente, o tráfico de drogas internacional é a principal fonte de arrecadação do grupo, com toneladas de cocaína sendo enviadas à Europa e com a presença de doleiros para a lavagem de dinheiro. Estas informações contam no relatório de Robson Sampaio de Lima, o Tubarão, preso em 2018.

Nas planilhas, é possível ver que o PCC gastou R$ 5 milhões apenas com os gastos com aeronaves e que o grupo passou a adquirir casas-cofres para esconder a enorme quantia de dinheiro.