A Secom (Secretaria de Comunicação) do governo Lula (PT) divulgou na noite de quarta-feira, 20, uma nota em que responsabiliza a gestão de Jair Bolsonaro (PL) pelo desaparecimento de 261 móveis do Palácio do Alvorada, em Brasília (DF).

+ Após culpar Bolsonaro, governo Lula leva 10 meses para encontrar móveis do Alvorada ‘perdidos’

De acordo com a nota da secretaria, um relatório apresentado pelo governo Bolsonaro, emitido no dia 4 de janeiro de 2023, concluindo um trabalho iniciado em 18 de novembro de 2022, dizia que os móveis estavam perdidos. “Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle patrimonial”, acrescentou.

A Secom destacou que o governo Lula conseguiu localizar os itens, que estavam em diversas dependências diferentes da Presidência da República, não apenas no Alvorada.

“Também não quer dizer que os 261 itens encontrados estavam em condições de uso. O patrimônio adquirido não pertence, assim como todo o patrimônio do Alvorada, a um ou outro presidente, mas sim compõem o patrimônio e mobiliário presidencial”, afirmou.

Relembre o caso

Durante a transição de governo, Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, reclamaram das condições nas quais encontraram a residência oficial e apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando.

Em 2022, um levantamento da Comissão de Inventário Anual apontou, preliminarmente, que 261 móveis citados não haviam sido localizados. No início do governo Lula, uma nova análise foi realizada e o número de itens desaparecidos diminuiu para 83.

O relatório final da comissão foi concluído em setembro de 2023.