Dois dias após ser alvo de suspensão aplicada pelo Comitê Disciplinar da Uefa, José Mourinho anunciou que está deixando o cargo que ocupava na entidade que regula o futebol europeu. O treinador da Roma alegou que o UEFA Football Board, onde atuava, não apresenta mais “os princípios nos quais acreditava”.

“Ao agradecer o convite que me fez para ser membro do UEFA Football Board, lamento informar que, com efeitos imediatos, estarei a renunciar a minha participação neste grupo. Os princípios nos quais acreditava plenamente quando entrei no grupo já lá não estão e sinto-me na obrigação de tomar esta decisão”, disse o português.

A carta foi enviada a Zvonimir Boban, um dos principais dirigentes da Uefa atualmente. No breve comunicado, Mourinho faz rápida referência ao presidente da entidade. “Peço gentilmente que também comunique a minha decisão ao presidente Sr. Aleksander Ceferin”, escreveu o técnico.

Mourinho não menciona a suspensão de quatro jogos que recebeu do Comitê Disciplinar na quarta, devido ao seu comportamento inadequado durante e depois da final da Liga Europa, na qual a Roma, time que comanda, foi derrotado pelo Sevilla. O português xingou o árbitro da partida, inglês Anthony Taylor.

Câmeras de televisão do jogo flagraram o português disparando ofensas contra o árbitro por diversas vezes ao longo da final. Ao fim da partida, ele ainda se dirigiu ao juiz no estacionamento do estádio para novas críticas.

O gancho de quatro jogos será cumprido em torneios europeus, como a própria Liga Europa e a Liga dos Campeões, além da Liga Conferência.