O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta quinta-feira a criação de um “corredor de escape” para que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, abandone o país, após a autoproclamação do líder parlamentar opositor Juan Guaidó como chefe interino do Executivo.

“Ainda julgo que a grande missão que todos os países têm a oferecer é uma saída para Maduro e seu pessoal. Tem que ter um corredor de escape”, disse o general Mourão, que ocupa a presidência devido à viagem de Jair Bolsonaro ao Fórum Mundial de Davos.

“Temos que deixar um lugar para o Maduro e a sua turma escapar, deixar ele ir embora e o país se reconstruir a partir daí”, declarou Mourão em entrevista à GloboNews.

Onze dos 14 países do Grupo Lima, incluindo o Brasil, assim como os Estados Unidos e o Canadá, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela.

Na quarta-feira, Bolsonaro afirmou que “a história tem mostrado que ditaduras não passam o poder para a respectiva oposição de forma pacífica”, e considerou que o Brasil “atingiu o limite do que se pode fazer para restaurar a democracia” na Venezuela.

O presidente brasileiro tenta liderar em nível regional a pressão sobre a “ditadura de Nicolás Maduro”, seguindo os passos de Washington, que não descarta qualquer opção caso o líder chavista empregue a violência contra a oposição.