Mourão atribui morte de Ágatha à ‘guerra do narcotráfico’

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Rio – O presidente interino Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira que a morte de Ágatha Vitória Sales Félix, 8, é resultado da “guerra do narcotráfico”. A declaração foi feita em resposta à imprensa quando o general da reserva chegava ao Prédio da Vice-Presidência, em Brasília.

“Isso é a guerra do narcotráfico”, disse Mourão, quando questionado sobre a morte.

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O presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o caso. Ele viajou na manhã desta segunda para participar da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

A Polícia Civil deve ouvir, nesta segunda-feira, os policiais militares envolvidos na ação que ocasionou a morte da pequena Agatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, na noite de sexta-feira, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. A Kombi onde a menina estava já está no pátio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, onde passou por perícia. O veículo tem apenas uma marca de tiro.

De acordo com o titular da DHC, o delegado Daniel Rosa, os PMs, lotados na UPP Fazendinha, devem chegar para prestar depoimento por volta das 11h. As armas usadas por eles já foram encaminhadas para perícia, assim como o projétil retirado do corpo da criança.

Agatha morreu na madrugada de sábado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. A menina foi atingida por um tiro nas costas. Ela estava em uma kombi com a mãe. A família e moradores denunciam que policiais da UPP Fazendinha teriam atirado contra dois homens em uma moto, acertando a criança. A criança, que morreu de forma precoce, tinha o sonho de se tornar bailarina. Ela era uma aluna nota dez na escola de balé que frequentava.