ROMA, 20 OUT (ANSA) – O motorista de um ônibus que levava torcedores de um time de basquete de Pistoia, na Itália, foi morto durante uma emboscada realizada por fãs de uma equipe rival no último domingo (19).
O crime ocorreu após a vitória do Pistoia Basket 2000 sobre o Real Sebastiani Rieti (RSR) por 88 a 73, em uma partida marcada por tensões entre as torcidas no ginásio, e provocou condenações nos mais altos escalões da política italiana.
O ônibus de torcedores do time de Pistoia foi atacado por fãs do RSR armados com paus, pedras e tijolos na rodovia A2, logo após deixar a cidade de Rieti, palco do confronto válido pela segunda divisão da liga nacional de basquete.
O motorista foi identificado como Raffaele Marianella, de 65 anos. Natural de Roma, ele morava em Florença e trabalhava havia apenas alguns meses para a empresa de ônibus Jimmy Travel, responsável pelo veículo.
De acordo com fontes, ele era o segundo motorista e não estava ao volante no momento da emboscada, mas sim sentado ao lado do colega que dirigia.
“É uma notícia terrível que nos deixa sem palavras. O ataque ao ônibus dos torcedores do Pistoia Basket, que resultou na morte de um motorista atingido por um tijolo, é um ato de violência inaceitável e insano”, escreveu a premiê da Itália, Giorgia Meloni, nas redes sociais.
“Expresso minhas mais profundas condolências à família da vítima e minha proximidade a todos que testemunharam esta tragédia. Confio que os responsáveis ;;por esse ato covarde e criminoso serão identificados e levados à justiça rapidamente”, acrescentou.
Já o ministro italiano do Esporte, Andrea Abodi, definiu o crime como “chocante”. “O esporte é vida, e esses criminosos estão a anos-luz dos valores esportivos. Nossas condolências à família do motorista atingido pela loucura homicida”, destacou.
A filha de Marianella, Federica, se pronunciou no Instagram e prometeu que vai manter o pai “para sempre no coração”. O caso é investigado pelo Ministério Público de Rieti como homicídio doloso, mas os autores ainda não foram identificados. (ANSA).