Motorista de app ajuda a prender americano suspeito de exploração sexual infantil

Floyd Wallace Junior já tinha passagens por agressão, roubo e ameaça terrorista em três estados dos Estados Unidos

Floyd Wallace Junior foi preso em São Paulo
Floyd Wallace Junior foi preso em São Paulo Foto: Reprodução/TV Globo

Um motorista de aplicativo ajudou a polícia a prender o americano Floyd Wallace Junior, de 29 anos, suspeito de exploração sexual, favorecimento à exploração sexual de criança e adolescente e estupro de vulnerável. A detenção ocorreu no bairro da Liberdade, em São Paulo, após uma investigação iniciada pela polícia do Rio de Janeiro no começo de dezembro.

Segundo o programa “Fantástico”, da TV Globo, o caso veio à tona no dia 8 de dezembro, quando o motorista atendeu a uma corrida no Jacaré, zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com ele, duas meninas correram na direção do veículo e sentaram no banco traseiro. Durante o trajeto, ele desconfiou do fato de elas usarem o Google Tradutor para se comunicarem com quem havia solicitado a viagem.

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O ponto final era Santa Teresa, no centro da cidade. Assim que chegou ao local, viu que Floyd aguardava pelas meninas. “Eu passei um pouquinho do endereço de propósito. Ele já estava do lado de fora”, relatou o motorista. Então ele notificou a plataforma sobre o ocorrido, que abriu uma investigação interna e, depois, informou as autoridades.

A investigação contra Floyd mostrou que ele realizou viagens entre os dias 8 e 19 de dezembro para o Rio de Janeiro e seguiu para São Paulo, onde foi preso.

Com o americano, a polícia encontrou câmeras escondidas, óculos de realidade virtual, bichos de pelúcia, cinco celulares, 12 pendrives e cartões de memória.

Por meio de nota enviada à IstoÉ, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) confirmou a prisão de Floyd, pois já havia sido expedido um mandado de detenção contra o americano por estupro de vulnerável no Rio de Janeiro. “Ele foi levado à 4ª Delegacia de Polícia da Divisão de Proteção à Pessoa do DHPP, onde permaneceu à disposição do Poder Judiciário”, completou.

Floyd atuava como influenciador e gravava as vítimas sem o consentimento delas. O americano tinha dois canais na internet: em um, fazia apologia à agressão contra policiais; no outro, se apresentava como integrante do movimento “Passport Bro”, que incentiva homens americanos e europeus a buscar relações sexuais em países considerados de terceiro mundo. Além disso, ele já tinha passagens por agressão, roubo e ameaça terrorista em três estados dos EUA.