O motorista de aplicativo José Adriano de Souza Lima, de 46 anos, está preso há mais de um mês, acusado de tráfico de drogas por ter levado uma passageira da zona norte do Rio de Janeiro até Minas Gerais. Os dois foram parados em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal, em que os agentes encontraram 4kg de maconha e cocaína na mochila da mulher.

Os familiares de José apontam que ele está preso injustamente na penitenciária Juiz de Fora II. “Ele não conhece essa passageira, a gente acha que é fácil provar inocência né? Descobri da pior forma que não é”, disse Lorena Zampolli, filha do motorista.

Segundo o relato, a passageira teria negado que a droga fosse dela. Porém, o advogado da mulher afirma que, na ocasião, ela inocentou José.

A reportagem da Record TV mostrou conversas do celular do motorista em que é possível ver que ele costumava fazer viagens de longa distância. Agora, a família aguarda decisão sobre um segundo pedido de liberdade, já que o primeiro habeas corpus foi negado.

“Ele está sendo tratado como um bandido dentro de um presídio, passando por toda uma humilhação por um crime que ele não cometeu”, desabafou Lorena.

José Adriano trabalhava como motorista de caminhão em uma empresa de logística, mas foi demitido e começou a prestar serviços para os aplicativos em 2019.

Luiz Corrêa, presidente do Sindicato de Motoristas de Aplicativo do Rio e Região Metropolitana, afirmou que repudia o ocorrido e acionou o corpo jurídico do sindicato para auxiliar a família do motorista.

No momento da prisão, o motorista prestava serviço através da 99, que emitiu uma nota sobre o episódio. Veja abaixo:

A 99 lamenta profundamente o ocorrido com o motorista parceiro José Adriano de Souza Lima. Pela legislação vigente, o compartilhamento de informações e dados de usuários depende de prévia requisição de autoridades policiais e/ou judiciárias.  Assim, entramos proativamente em contato com a polícia e aguardamos os trâmites para seguir colaborando. Continuamos a postos para apoiar as investigações no que for necessário para que o caso seja esclarecido o mais breve possível”.