Fundado pelo apresentador de TV Luciano Huck, o Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias nasceu com o objetivo de promover o desenvolvimento sociocultural e profissional de jovens moradores das periferias de São Paulo e Osasco por meio do audiovisual e da tecnologia. Em duas décadas de existência, já recebeu 2.800 jovens em seus programas de formação, que buscam contribuir para a democratização e pluralidade do setor audiovisual. A partir desta segunda-feira, 26, uma amostra do que o instituto vem realizando pode ser conferida durante a 35ª edição do Festival Internacional de Curtas de São Paulo.

Em parceria com a Kinoforum, serão realizadas 04 sessões especiais com curtas-metragens produzidos pelos jovens formados pela entidade. A seleção foi concebida como uma espécie de recorte das 163 produções do Programa de Formação Audiovisual + Tecnologia do instituto. O trabalho de pesquisa, curadoria e programação ficou a cargo do pesquisador Heitor Augusto, nome de referência nos estudos relativos ao cinema negro no país.

“Tratam-se de filmes realizados dentro de uma instituição que encara o audiovisual como uma ferramenta de formação e também de transformação social. Tal característica está largamente refletida nas obras”, afirma Heitor Augusto. “Mirar essas duas últimas décadas de produção de jovens das diferentes periferias da cidade de São Paulo representa também uma oportunidade de observar as transformações do audiovisual brasileiro durante esse período”.

Ao todo, serão dois programas distintos exibidos em quatro sessões dentro da programação da 35ª edição do Festival de Curtas de São Paulo. A estreia da Sessão Especial 20 anos acontece na segunda-feira, dia 26, às 19 horas, na Cinemateca Brasileira. Além da exibição de curtas, o encontro conta com debate sobre o audiovisual brasileiro conduzido e mediado por Heitor Augusto e com a participação de veteranos do Criar.

“Nos debruçamos em duas décadas de produções e reafirmamos a potência das juventudes. O audiovisual e a tecnologia têm um poder narrativo fundamental na sociedade contemporânea e garantir uma nova geração de contadores de histórias, mais diversa, faz parte do nosso propósito”, diz Luciana Bobadilha, diretora executiva do Instituto Criar. “O Instituto Criar cumpre seu papel à medida que atua na mobilidade social e na liderança das narrativas periféricas. A história tem um papel fundamental no mundo: é com ela que guardamos memórias, descobrimos quem somos e acreditamos que dá pra construir um futuro”, conclui ela.

Programação

  • 26/08 – 20h – Cinemateca Open Air (Programa 1)
  • 28/08 – 15h30 – Espaço Augusta – Sala 4 (Programa 2)
  • 31/08 – 20h30 – Cinemateca – Sala Oscarito (Programa 2)
  • 01/09 – 17h – SPCine – CCSP Lima Barreto (Programa 1)

Mostra exibe seleção de filmes produzidos por jovens da periferia de São Paulo e Osasco