A Rússia, aliada do regime sírio, denunciou nesta quinta-feira como “falso” e “uma provocação para colocar lenha na fogueira” o relatório publicado pela Anistia Internacional afirmando que 13.000 pessoas foram enforcadas em cinco anos numa prisão perto de Damasco.

“É mais uma provocação para colocar lenha na fogueira em via de extinção do conflito sírio”, declarou a porta-voz do ministério das Relações Exteriores Maria Zakharova a repórteres.

Ela chamou o relatório de “falso”, que “não corresponde à realidade” e “perigosa fantasia”: “Estes números alarmantes são o resultado de contas aritméticas com base em testemunho de pessoas anônimas”.

Em seu relatório, a Anistia aponta que as pessoas executadas entre 2011 e 2015 na prisão de Saydnaya, ao norte de Damasco, eram em sua maioria civis que se opunham ao regime de Bashar al-Assad.

A ONG denunciou uma “política de extermínio” e considerou que estas mortes “constituem crimes de guerra e crimes contra a Humanidade”.

Há “fortes razões para acreditar que essa prática continua até hoje”, concluiu.

Quarta-feira, o regime sírio denunciou através de seu ministério da Justiça um relatório “totalmente falso e destinado a manchar a reputação da Síria nas instâncias internacionais.”