RIO DE JANEIRO, 29 OUT (ANSA) – A quantidade de mortos na megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, contra o Comando Vermelho, subiu para mais de 130.
Um dia após a ação, a mais letal já registrada no estado, ao menos 74 corpos foram recolhidos nas últimas horas por moradores das comunidades e somados aos 60 suspeitos e quatro policiais que morreram durante os confrontos.
Os restos mortais foram encontrados principalmente em uma área densamente arborizada, conhecida como Morro da Misericórdia, onde ocorreram as batalhas mais intensas.
O secretário da Polícia Militar, Marcelo Menezes, afirmou que as forças de segurança anteciparam a fuga dos suspeitos e que os confrontos duraram várias horas. Segundo ele, os indivíduos que decidiram se render foram presos.
Os corpos, muitos deles desfigurados, foram expostos para facilitar a identificação pelas famílias, inclusive por meio de tatuagens e roupas. Todos serão encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames complementares.
A emissora CNN Brasil informou que cerca de 70 homens faziam a segurança do líder do Comando Vermelho no Rio, Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca, que conseguiu escapar durante a operação.
“Foi o maior baque que o Comando Vermelho já sofreu desde sua fundação. Nunca houve uma perda tão grande de drogas, armas e lideranças”, afirmou o secretário, rejeitando os questionamentos feitos por organizações da sociedade civil sobre a “letalidade” da megaoperação. (ANSA).